NADAR “CINQUENTINHAS” PARA QUÊ?

Nadar “CINQUENTINHA” é coisa do passado! É um tremendo atraso, começarmos a carreira de Natação COMPETITIVA de Mirim e Petizes com provas de 50. É arcaico, obsoleto, “sorry”!

Começar as carreiras competitivas já precocemente com os “cinquentinhas” é começar a matar nossas chances internacionais futuras no longo prazo!

Nadar “CINQUENTINHA” é para gente GRANDE! É para barbado! É para adultos! Não é coisa de criança!

Recomendo ler outro post

https://blogdogold.com/2018/03/15/sou-velocista-e-nao-melhoro/

Há, que isso dá uma grande discussão, há dá! Mas ela pode se alongar apenas se não tivermos grandes fundamentações fisiológicas. Eu sei que pode aparecer “fulano” ou “beltrano” e dizer: “Veja bem, o tal nadador, é isso, aquilo, foi isso, aquilo, ganhou aqui, ganhou lá, que lá não sei onde nadam e são tal”. Vão dizer: …”é preciso treinar desde pequeno, como vão disputar, se não aprendem a competir?”, e por aí vai…

Estamos nos enganando! Digo há muito tempo, principalmente para pais, que não adianta ser Campeão Mirim, Petiz, Infantil, Juvenil. Nosso ciclo está fechando incompleto, no topo da piramide fracassamos. Basta ver nosso número de MEDALHAS OLÍMPICAS, e não falo no RIO2016! Na história, temos menos medalhas (nós, e quase todo o resto do mundo) que uma nação chamada PHELPS .

Desde a base, precisamos ter o chamado LTP (Long Term Program) ou PLP (Programa de Longo Prazo). Isso também é outro capítulo bastante longo e que necessita muita fundamentação e principalmente consciência!

Grandes equipes dos anos 80, como a extinta Gama Filho, tiveram nadadores infanto-juvenis, tops do mundo. Naquela época, para se saber de resultados internacionais, esperava-se mensalmente a revista americana Swimming World, que trazia Rankings dos Age Groups, assim era feita a comparação, hoje é em um clique.

Mesmo nos Mundiais Jr, já tivemos destaques, mas que não encerraram este ciclo nos topos olímpicos, como muitos americanos, japoneses, etc..

Se não estou enganado, as Olimpíadas tem 272 SEMI e FINALISTAS individuais. Tem 78 MEDALHAS INDIVIDUAIS (na RIO2016 teve mais, pois houve empates) para cerca de 900 participantes. Não é uma relação matemática tão absurda! Se não considerarmos que um mesmo atleta faça diversas finais e medalhas, as chances já começam boas, em 30% de ir a semis e depois aumenta para 37,5% de medalhar. É duríssimo, claro, porém é mais fácil ganhar medalha olímpica do que na mega-sena.

P.S. No caso do TRIPLO EMPATE no borbo, na RIO2016, a probabilidade de medalha olímpica subiu para 50%!

Jamais poderemos desvalorizar qualquer conquista internacional, porém é nas Olimpíadas, como classifico, “a guerra mundial sem mortes” de 4 em 4 anos, que avaliamos os poderes, ou melhor, os trabalhos de 10-15 anos e não de ciclos olímpicos de 2,5-4 anos como muito se pratica. Estamos perdendo para países menores que alguns estados brasileiros.

Mas voltando … Está bem estabelecido na Ciência, que o Treinamento de Resistência é bastante efetivo para o ganho de força em pré e pós-púberes. Que embora cause pouco efeito na hipertrofia muscular, resulta em alterações neurológicas, pois ativa maior percentual da unidade motora e aumenta a atividade eletromiográfica, mudando a função muscular intrínseca. Em decorrência deste “aumento” ou “ganho” de força, ocorrem mudanças particularmente, nas chamadas “manobras complexas” tendo como consequência, modificações na coordenação das habilidades motoras e vice-versa.

Estudos também demonstram que estes ganhos de força decaem com o destreinamento e que mesmo treinamentos de manutenção, de uma vez por semana, parece ser ineficaz na preservação dos ganhos anteriores. Assim pode-se concluir que, durante estas idades, o treinamento de Resistência é a chave para resultados futuros (Blimkie CJ et al.).

E tudo isso sem adentrarmos, nos mecanismos enzimáticos do Ciclo de Cori e da FFK! Outro longo capítulo que costumo discorrer na Pós-Graduação. É preciso dominar conhecimentos e conteúdos de Oded Bar-Or e Tudor Bompa para depois avançarmos na especificidade do exercício, do Treinamento e finalmente da Natação.

É preciso mudar e logo, assim poderemos almejar a melhor classificação olímpica de todos os tempos – em 2028! Simples assim!

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50 FREE Escultura de Rick Watkins

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